Capitulo 9 – Decisões
de início.
03/10/2010 (James, Maira e Paolo)
Paolo pega sua calibre 38 e bota na
cintura. Maira e James estão cada um com um facão.
- Tu sabe onde fica a casa da Luana,
pai? – Pergunta James, nervoso.
- Sim. Só temos que ir na garagem
aqui na frente e pegar o meu carro. Porque a pé não vai dar certo. - Paolo diz,
enquanto pega suas chaves.
- Quando eu abrir a porta, corram o
mais rápido possível. – Diz Paolo, com a mão na maçaneta da porta.
Devagar, ele abre a porta. O sol bate
em seu rosto, tapando sua visão. Três mortos estão vagando, Paolo atinge o
zumbi mais próximo na cabeça. Os outros correm em sua direção. Ele mata os dois
rapidamente. Eles correm até a garagem e abrem a porta, Paolo ia começar a
dirigir, mas estava um pouco chocado com o que tinha acabado de fazer, matar
nunca foi algo de sua conduta.
- Paolo! – Grita Maira, apontando
para os mortos na rua.
Os infectados os avistam. Paolo liga
o carro. James senta no banco de trás e Maira ao lado do motorista. Paolo sai
em disparada. Atropelando todos que passam a sua frente. Maira liga o radio,
com esperanças de saber mais sobre a doença.
“Sobre esse novo vírus, só se tem uma
coisa a dizer: Ele reanima a células mortas fazendo com que o corpo volte com
uma só necessidade, que é a de se alimentar de carne fresca. Os zumbis, como
estão chamando, sofrem uma espécie...” gritos são escutados do radio, depois
dois tiros. Paolo desliga o radio.
Os zumbis estão correndo atrás do
carro, são em torno de trinta. Eles são rápidos de mais. Paolo tenta atropelar
os que atrapalham o caminho. Um se atira para cima do carro. Ele acerta dois
socos e começa a abrir o vidro que está quebrado com as mãos. Maira grita.
Paolo da marcha ré e depois acelera o máximo possível. O zumbi voa longe. Paolo
tenta desviar dos que estão lhe seguindo.
Quando as coisas parecem se dar bem,
Paolo vira a esquina. O medo se instala e suga suas esperanças quando percebe
que se deparam em um engarrafamento. Ele observa o retrovisor e vê que a uns 30
metros de distância, os zumbis estão chegando. - Vamos sair do carro! Passamos
pelo engarrafamento e podemos procurar algum lugar para nos escondermos! -
Grita Maira.
James é o primeiro a sair. Em seguida
seus pais o seguem. Os três sem muita esperança saem correndo. Um zumbi agarra
o braço de Maira, quando ele tenta morde-la, Paolo corta seu pescoço, o que faz
com que o zumbi fique desorientado. Logo em seguida o zumbi é atirado no chão e
Paolo destrói seu crânio.
Os três continuavam a passar pelo
engarrafamento. James que está na frente se refugia numa farmácia. Seus pais o
seguem e rezam para que os zumbis não os tenham percebido. Eles se escondem no
banheiro trancando a porta. Escutam gritos de fome. Sabem que não tiveram
sorte. Paolo abraça a família e começa a chorar. James não sabe o que dizer.
- Eu tenho seis balas. Posso acabar
com o nosso sofrimento agora. – diz Paolo.
James abraça seus pais fortemente.
As primeiras batidas na porta
assustam James. Maira larga sua família e sobe em cima do vaso sanitário,
olhando curiosa para o ducto de ar.
- Alguém ainda quer procuram o Kevin?
– Diz Maira, como se tivesse um plano.
- Acho que eu não passo por ai, não.
– diz Paolo.
As batidas na porta estão mais
fortes. Maira se pendura na janela. Pede a arma de Paolo. Ela a entrega, Maira
então começa a bater no ducto de ar que está em cima de sua cabeça. James e
Paolo começam a entender seu plano. Quando ela retira a tampa, imediatamente ela
sobe. A porta começa a rachar. Maira da à mão para ajudar seu filho, em seguida
Paolo se une a eles.
Quando o banheiro está vazio a porta
se quebra. Os zumbis invadem o banheiro, quando vêem que não tem nada ali, eles
saem correndo, para terem mais vitimas em suas mãos assassinas.
Os três estão engatinhando no ducto
de ar. Maira sente seu celular vibrar. Ela o pega e vê que é uma mensagem de
Kevin.
“Mãe, desculpa eu ter fugido. Estamos em segurança. Vou para a casa da
Luana. Assim que eu pegar ela, encontro vocês de volta na casa do Papai.
Kevin.”
-Estamos? – diz Maira, curiosa.
James e Paolo lêem a mensagem.
- Ele não está sozinho. – Diz James.
- Ele não vai consegui voltar para a
casa com essa manada de zumbi. – diz Paolo.
- Mas eu disse que eu tenho um plano,
só temos que chegar primeiro que o Kevin na casa da Luana. – diz Maira.
03/10/2010 (Kevin Gaspar)
Kevin sobe na moto e dirige em rumo à
casa de Luana. Um zumbi tenta pegar ele, mas, agilmente consegue desviar. Ele
passa em frente a uma locadora e vê uma mulher saindo correndo aos berros, uma
mão puxa seus cabelos. Kevin vira o rosto, não queria ver o resto.
Consegue desviar de alguns zumbis,
uns tentam correr atrás da moto, mas sem muita sorte. Kevin precisava de mais
cinco minutos para chegar na casa de Luana, estava muito fácil, até a moto
começar a ficar mais devagar. A gasolina começa a acabar.
- Elias, seu filho da puta, esqueceu
de repor a gasolina. – diz Kevin, bravo.
A moto para. Teria que seguir andando
com um bastão de beisebol. Um zumbi vai em sua direção, ele está mancando e sem
uma mão. Kevin não se preocupa em matar-lo, afinal ele não é um dos rápidos.
Kevin começa a correr, sabia que estava perto da casa de Luana.
Tiros. Isso foi o suficiente para
Kevin perceber que as coisas iriam ficar pretas. Mais tiros. Kevin se agacha um
pouco e continua andando. Quando percebe que começa a ficar rodeado de zumbis
que ainda não sentiram sua presença. E os tiros não param.
- O barulho. – Kevin diz
silenciosamente para si, entendendo.
Kevin se esconde de baixo de um
carro. Ele consegue ver vários pares de pés na rua, a maioria deles ainda
conseguia correr. Kevin começa a tremer, rezando para que nenhum zumbi se
agache. Os tiros não param, eram disparado cada vez com mais freqüência.
- Merda, são muitos. – Grita um
homem.
Kevin sabia que estavam perto.
- Mantenha a calma, já chamei ajuda.
– Diz outro homem com a voz mais calma.
- Se tiver alguém vivo. – Grita o
homem grosso.
Os dois homens continuam a atirar,
eles entram num carro e começam a dirigir com certa dificuldade, muitos zumbis
estão cercando o carro.
Kevin finalmente consegue sair de
baixo do carro, ele bate em um zumbi que tenta ir atrás dele. Quando se abaixa
para não ser visto, consegue avistar o carro tentando sair do meio da multidão
de mortos. Dois policiais. Kevin vê uma chance no meio de tudo isso. Ele sai
correndo. E com seu bastão ele quebra um vidro de um carro que começa a ativar
seu alarme. Faz a mesma coisa em mais dois carros. Alguns zumbis que estavam
atrás dos policiais vão em direção ao barulho. Kevin sai de perto do carro
antes de os zumbis o alcançarem. O carro começa a ir mais rápido e começa a se
distanciar dos zumbis e de Kevin.
- Ei, vocês! – Grita Kevin, fazendo
sinal para o carro.
O carro não para. Kevin começa a ver
os zumbis voltando atenção para ele. Sentia que ia morrer, essa era a sua
ultima esperança. Então o carro para. E Kevin corre em disparada atrás dele. Um
dos policiais abre a porta.
- Obrigado. – diz Kevin, saltando
para dentro do carro.
- De nada. – Diz o homem com a voz
calma.
- Foi você que fez os carros assoarem
o alarme? – diz o homem grosso, com seu sotaque paulista.
- Sim. – Responde Kevin.
- Para onde tu ta indo, menino? –
Responde o mais calmo.
- Vou para a casa da minha namorada.
Vocês podem me levar até lá? – Pergunta Kevin.
- Podemos, recebemos ordem de pegar
todos os sobrevivente e levar para o Centro de Refugiados. – Responde o calmo.
- Centro de refugiados? Mais por quê?
– Pergunta Kevin.
- Foi a nossa ultima ordem, só para
ficarem bem informado, as autoridades do mundo todo sumiram. Simplesmente
deixaram a gente na mão. Até darem as caras, quer dizer, se derem as caras, nós
temos a missão de resgatar os não infectados e levá-los para os ginásios de
futebol, aonde é mais seguro do que ficar em casa. – Responde o calmo.
- E ainda disseram na TV que eram
para ficarem em casa. Essas coisas arrombam portas. – Diz o policial mais
agressivo.
- Entendo. Mas qual é o nome de
vocês? – Pergunta Kevin.
- O meu é Diego. – Diz o mais calmo
enquanto tira seu quepe, revelando sua careca branca.
- O meu é Nicolas. – Diz o grosso com
sua pele bronzeada, os cabelos arrepiados e castanhos.
- E o seu, garoto? – Os dois policias
perguntam ao mesmo tempo.
- Meu nome é Kevin.
- Bom Kevin, a onde fica a casa da sua
namorada? – Pergunta Nicolas, arrumando seu cabelo arrepiado.
Kevin da o endereço da casa de Luana
e disse que sua família estava esperando por ele. Não disse que tinha fugido de
casa, mas os policiais prometeram resgatar a sua família, ele pega seu celular
e manda uma mensagem para sua mãe.
Chegando na casa de Luana. Kevin corre até a
porta. Nicolas e Diego atrás dele batendo nos zumbis que aparecem no meio do
caminho.
Kevin bate na porta. Nada.
Ele escuta passos. Alguém olha no
olho mágico. Ele imagina que seja Luana ou o seu pai. Mas quando a porta se
abre. Não é Luana que ele enxerga e sim seu melhor amigo: Elias.
- Elias? – Pergunta Kevin, surpreso.
- Entrem logo. – Diz Elias, puxando
Kevin pelo braço.
Os policiais entram logo em seguida.
Luana está sentada no sofá, chorando.
Quando ela vê Kevin, corre em sua direção e se atira em seus braços. Eles se
beijam como se fossem morrer amanhã.
- Achei que tu tivesse morto. – diz
Luana, em seu ouvido.
- Eu tentei te ligar. Mas tu não
atendia. – Responde Kevin.
- Os telefones não estão funcionando.
Meu pai, ele morreu. Se não fosse o Elias, eu teria morrido. – diz Luana, com
os olhos inchados de tanto chorar.
Kevin se afasta de Luana. Ele vai até
Elias.
- Cara, obrigado! Fico te devendo a
vida. – diz Kevin.
- Estou feliz em te ver também. –
Responde Elias.
- Meninos, foi bom esse reencontro,
mas temos mais pessoas para resgatar. – diz Diego.
- Vamos esperar mais um pouco Diego.
A gente não dorme há três dias. Desde que tudo isso começou. – Diz Nicolas.
- Bom, ta certo. Mas não vamos
demorar muito. – diz Diego, largando seu machado em cima da mesa.
Elias estava olhando de longe seu
amigo com um sorriso grande na cara. Seus cabelos loiros tapavam seus olhos castanhos.
Ele é como Kevin, roupas de roqueiro, mas usa cabelo comprido.
- Nunca vou te deixar. – Diz Kevin,
para Luana.
- Obrigado por ter vindo. Depois que
meu pai se foi, só conseguia pensar em ti. - Diz Luana.
- Tenho que mandar uma mensagem para
a minha família, para saberem que estou bem. – diz Kevin.
Enquanto Kevin digita em seu celular.
Diego e Nicolas foram dormir um pouco no quarto do pai de Luana. Elias sorri
para Luana, ela responde baixando a cabeça.
02/10/2010 (Ana e Gina
Bittencourt)
Gina sai correndo em direção a sala.
Não queria acreditar que sua irmã tinha virado um zumbi.
Bruna solta um gemido, Ana não queria
matá-la, mas não podia deixar que ela mordesse alguém, ainda mais se a vítima
fosse Gina, sua pinpolha. Bruna pula em cima de Ana, que fica surpresa com a
agilidade e força da irmã, que sempre fora tão delicada. Ana segura o rosto da
irmã que está tentando desesperadamente morde-la. Ana estava tentando se
controlar. Não queria matar Bruna, mas o seu eu interior estava no controle, e
era difícil lutar contra isso. Mas ela precisava tentar, tinha uma irmã para
proteger ainda.
Ana da uma cabeçada em Bruna que sai
de cima. Ela corre para fora do quarto, trancando a porta. Bruna se levanta
rapidamente e começa a bater na porta. Ana escorrega mas consegue sair em
direção a Gina.
Gina está perplexa. Ela olha nos
olhos da irmã e não consegue entender o que tem de errado. Ana pega sua flecha.
Não estava com medo e sim se sentindo mais viva.
- O que tu vai fazer? – pergunta
Gina.
- Acabar com o sofrimento dela. – diz
Ana, séria.
- Mas será que não tem cura? –
Pergunta Gina, que esta com medo a cada batida que escutava na porta do quarto.
- Fica aqui, vou botar um fim nisso.
– diz Ana.
Gina abraça Ana como se quisesse
impedir a irmã. Ana a empurra para o chão e vai em direção a porta que está se
rachando. Gina começa a gritar para Ana:
- Para!
Ana destranca a porta.
- Não faz isso, Ana! – Grita Gina.
Ana abre a porta.
- Por favor! – Grita Gina, começando
a chorar.
A porta está escancarada. Bruna solta
um gemido alto.
- Ana! – Grita Gina, chorando cada
vez mais.
Ana se posiciona com o arco e
determina seu alvo. E acerta no meio do rosto da irmã. Que agora só é um corpo
vazio. Ana chega perto do corpo e fecha seus olhos. Sem ao menos uma lagrima
sair de seus olhos, se levanta e caminha lentamente até Gina.
Gina esta agachada, chorando alto.
Uma batida é escutada da janela. Outras são escutadas após. Os gritos de Gina
só foram um chamado para um banquete. Ana Diz para Gina seriamente:
- Se pendura nas minhas costas.
Quando eu te pedir uma flecha tu me passa. Combinado? – Diz Ana.
- Ta. – Responde Gina, soluçando.
Era só questão de minutos para os
zumbis invadirem a casa. Eles arrombam a porta. Uns dez entram na casa. Ana sai
correndo para as portas dos fundos. Abre a porta, e cinco zumbis estão na rua.
- Flecha. – diz Ana
Ana acerta o mais perto. Dois correm
em sua direção.
- Flecha. – diz Ana.
Gina entrega duas flechas para a sua
irmã.
Ana atira a flecha no mais distante e
no segundo crava uma em seu olho. Ana atira duas flechas nos outros dois que estão
mais longe. Recupera suas flechas. As duas irmãs invadem um carro abandonado, e
ficam abaixadas ali, sozinhas.
As horas estavam se passando e as
duas irmãs não trocavam palavras. Gina não tinha mais lagrimas para chorar.
Para o alivio de Ana, estava se recuperando de seu lado obscuro. Quando estava
livre completamente dele, sente a tristeza de ter perdido sua irmã. A imagem de
Bruna levando uma flechada estava gravada nas lembranças de Ana. Ela solta sua
primeira lagrima. Gina repara que sua irmã estava voltando ao normal. Ela chega
perto da irmã e diz:
- Desculpa, eu não devia ter feito
aquele escândalo.
- Ta tudo bem... Eu só quero te
manter viva. Tenho certeza que é o que a Amanda faria. – diz Ana.
- Será que a vovó e a Amanda morreram
também?- Diz Gina.
- Não sei Gina, realmente não sei. –
Diz Ana, que não segurava mais uma lagrima se quer.
- Ana... – Gina começa a dizer.
- Fala. – pergunta Ana.
Gina não sabia se comentava sobre a
mudança da irmã. Então decidiu não falar nada.
- Tu fez a coisa certa, ninguém
merece virar uma daquelas coisas. – diz Gina.
As duas irmãs se mantiveram no carro
e acabaram encontrando algumas barras de chocolate, mas teriam que sair dali o
mais rápido possível. Pois não estavam seguras. Ana começa a ter uma duvida:
Não sabia até quando conseguiria controlar a si mesma, não sabia se conseguiria
proteger a irmã. Mas faria o possível e o impossível.
01/10/2010 (Miguel, Mariana e Camila Prestes)
Miguel veste uma calça jeans, uma
camisa branca e seu melhor tênis. Passa seu perfume. Ele se olha no espelho
pensando “pareço um cara normal”.
- Tu está muito bonito para o meu
gosto. – Diz Mariana, que estava absurdamente bonita.
- Isso é um elogio? – Pergunta
Miguel.
- Depende. – Responde Mariana.
- Vamos interpretar como um então. – Diz
Miguel, piscando.
- Eu e a Camila vamos te esperar na
sala. – Diz Mariana, fechando a porta do quarto.
Miguel se senta em sua cama. Respira
fundo. Não agüentava ficar com aquelas imagens na cabeça, tentava viver
normalmente, mas os rostos das pessoas de quem tirou vida lhe perseguem a cada
instante. Mas tudo isso ele fez por um motivo...
Os três saem do carro. O parque de
diversões estava movimentado. Camila não estava tão contente, mas fazia o
possível para se divertir.
- Pai. – Diz Camila.
- o que? – Pergunta Miguel
- Eu quero aquele urso. – Diz Camila,
desejando um urso que esta numa estante de prêmios de um tiro ao alvo.
- Escolheu um bom atirador! – diz
Mariana.
- Vamos lá, então. – diz Miguel, que
fica um pouco mais feliz em ver que a filha está interagindo.
Miguel entra na fila. Quando chega a
sua vez ele escolhe sua arma.
- Aquela ali moça. – diz Miguel,
apontando para uma faca de brinquedo.
- Quanto mais se aproximar daquele
ponto preto, mais pontos tu ganha. – diz Rafaela, a atendente.
Miguel olha bem para o circulo negro,
que contendo mais seis círculos a sua volta, um de cada cor. Ele se concentra.
Atira e acerta bem no centro, o ponto preto. Camila grita viva e Mariana bate
palmas.
- Tu tem mais duas chances, pode
acumular mais pontos. – diz Rafaela, entregando mais uma faca.
Miguel acerta as duas vezes bem no
centro. Mariana não estava admirada, sabia o quão boa era a mira dele.
- Parabéns moço, pode escolher
qualquer um desses prêmios. – Diz Rafaela, apontando numa estante aonde se
contem os melhores prêmios. Ele escolhe um urso marrom de trinta centímetros.
- Obrigado, alias, tu é bem educada.
– diz Miguel, para a Rafaela.
- Muito obrigada. – Responde Rafaela,
sorrindo para Miguel.
Miguel vai até a mesa de Camila e
Mariana. Ele se junta até elas. Camila abre um sorriso enorme quando vê seu
urso.
- Obrigado pai, eu achei ele tão
lindo! – Diz Camila, pegando seu urso.
- De nada, meu anjo. – diz Miguel.
- Gostou da atendente, então? –
pergunta Mariana, sarcasticamente.
- Gostei, ela é bem máscula, não é? –
Diz Miguel, sendo sarcástico também.
- Mãe, aquela mulher é lésbica. Não
percebeu? – diz Camila.
- Ata, melhor então. – diz Mariana,
rindo.
O celular de Miguel toca, quando ele
vê quem é, imediatamente tenta manter a calma. Mariana o olha com curiosidade.
Miguel se afasta da família e atende o celular.
- Pode falar. – Diz Miguel
- Preciso de um trabalho seu, agora.
– Diz a pessoa na outra linha.
- Só me passar tudo para o e-mail,
que amanhã cedo eu me encontro contigo para conversar melhor. – Diz Miguel,
suando frio.
- Tem que ser agora!
- Mas eu estou com a Mariana e com a
Camila, e estamos na rua. – Diz Miguel, com frio no estomago.
- Não te esquece que temos um
acordo... – Diz na outra linha.
- Sim. – Afirma Miguel, limpando o
suar da testa. – Mas tenho que saber quem é.
- Vou te mandar uma foto da pessoa e
aonde ele vai estar. Não te preocupa, ele vai estar sozinho e ninguém vai estar
por perto. Isso eu te garanto. Vou te mandar agora a foto e amanhã acertamos a
conta. Tchau. – Finaliza a pessoa da outra linha e logo em seguida desliga o
telefone.
Miguel volta até a mesa onde está sua
família. Mariana está esperando respostas. Miguel não sabia o que falar, então,
inventou a primeira coisa eu venho na mente.
- Vou ter que dar uma saidinha. Mas
volto já. – diz Miguel.
- Tu me obriga a vir e agora tá
fugindo? – diz Camila, batendo com uma mão na mesa.
- A onde tu vai? – questiona Mariana,
com uma mão fechada apoiada no queixo.
- A diretora do colégio quer me
entregar uns papeis. – Mente Miguel.
- A essa hora da noite? – Pergunta
Mariana.
-Sim. – diz Miguel. – Volto já.
Miguel da às costas para a família,
Mariana fica sentada na mesa completamente brava, sabia que Miguel escondia
alguma coisa, não gostou nem um pouco da ação do marido de ter virado as
costas, uma falta de consideração.
- Vamos para casa, o passeio acabou.
– diz Mariana.
- Mãe, já que eu não preciso ficar
aqui, eu posso ir na casa da Juliana? Tu sabe, hoje é sexta. – diz Camila.
- Sim. – Responde Mariana, seria.
Miguel está em seu carro, ele da um
soco na volante. Seu celular vibra, a foto de sua vitima chegou. Ele baixa a
foto. Seus olhos quase se enchem de lagrimas, era uma foto de um adolescente,
devia ter a idade de Camila. Ele pega o endereço onde encontraria a vitima.
Dirigindo em alta velocidade, quase
atropela uma pessoa, ele estava tão brabo que não tinha como descarregar a
raiva. Encontraria sua vitima no parque Redenção. Miguel desce do carro, ele
olha para os lados, o parque estava vazio. Abre a porta malas, tirando um
pedaço do carpete, revelando um compartimento secreto. Coloca cuidadosamente
suas luvas e pega umas facas. Pelo que seu mandante tinha dito, a vitima
estaria no banco em frente ao banheiro.
Alguém está andando até banco. Miguel
se aproxima para ver melhor quem é. Era sua vitima, que pega o celular e liga
para alguém. Miguel teria que esperar ele falar, a pessoa do outro lado da
linha tinha que desligar o telefone, nunca se sabe o que pode se ouvir.
- Eu também te amo. – Diz o
adolescente, desligando o celular.
Era a hora certa, Miguel se aproxima
mais um pouco. Ele mira como sempre, o garoto se levanta. Miguel atira a faca,
acertando no pescoço do garoto, sangue começa a jorrar para fora. Ele grita de
dor. Miguel se aproxima mais um pouco e atira outra faca entre os olhos. Ele
tira uma foto do seu celular como prova.
- Pai?! – Grita Camila, que sai do
meio das árvores, ela está chorando.
- Camila, o que tu está fazendo aqui?
– Diz Miguel, que estava paralisado.
Camila sai correndo no meio da
escuridão do parque. Miguel vai atrás dela, está tão escuro que Miguel mal
conseguia vê-la. Camila corria e limpava as lagrimas ao mesmo tempo, sempre
soube que tinha algo de errado com seu pai, mas nunca o imaginou fazendo tal
calunia.
- Camila, espere, eu posso explicar!
– Grita Miguel, sem saber o que dizer para a filha.
Camila não responde, a imagem de seu
pai matando era insuportável. Miguel continuava correndo atrás dela, até perder
de vista, estavam no meio do parque, estava escuro de mais. O celular de Miguel
toca novamente, mas ele ignora até escutar sua filha gritando.
- Pai! Socorro! – Grita Camila,
desesperadamente.
Miguel sabia da onde vinha o barulho,
ele o segue, sua filha grita por ele novamente. Miguel a encontra, ela está
mancando, e um homem está atrás dela. Camila bate no homem com um pedaço de
madeira, mas é como se o homem não tivesse nem sentido dor. Ela esta sangrando.
- Sai de perto da minha filha, seu
desgraçado! – Grita Miguel, jogando uma faca nas costas do homem.
O homem cai, mas imediatamente se
levanta. Ele olha para trás. Miguel se assusta com o homem, ele está com a pele
comida, como se alguém tivesse devorado toda sua carne facial. O homem solta um
grito e corre em direção a Miguel. Na mesma hora, Miguel joga outra faca e
dessa vez acerta na cabeça. O homem cai morto no chão.
Miguel vai em direção a filha. Ela
está sangrando no ombro.
- Ele me mordeu, tirou um pedaço do
meu ombro! Preciso ir no medico. – Diz Camila, em desespero.
- Filha, vamos agora. – Diz Miguel
pegando a mão de Camila, ela larga na mesma hora.
Os dois entram no carro. Miguel
começa a dirigir. Ele bota um pano no ombro da filha para parar de sangrar.
Camila estava quase paralisada.
- Não conte nada para a sua mãe. –
Diz Miguel.
- Porque ele? O que ele fez para ti?
– Pergunta Camila, que estava começando a chorar.
Miguel não fala nada, uma duvida bate
em sua cabeça.
- Ele era o meu namorado. – diz
Camila, chorando.
O carro deles quase bate em outro, o
motorista do outro carro estava sendo mordido por uma belíssima mulher de
vestido vermelho. Mas um pouco adiante uma criança pula em cima de um homem e o
tenta morder.
- O que é isso?! - Pergunta Camila.
Eles chegam em frente ao hospital.
Miguel leva Camila até lá dentro, o hospital está cheio de pessoas, os médicos
estão atendendo as pessoas nas cadeiras. Alguns médicos estão levando as
pessoas para dentro dos consultórios. Uma mulher chega até eles e pergunta:
- O que houve com ela?
- Ela foi mordida, está perdendo
sangue de mais. – Diz Miguel.
A mulher pega seu walk tok e repete a
informação.
- Chamem a segurança, outro caso de
quarentena. Cambio.
01/10/2010(Melissa Borba e Rafaela Peri)
- Muito trabalho hoje, amor? –
Pergunta Melissa.
- Não muito, mas recebi bons elogios
por ser uma garota muito educada. – Diz Rafaela.
Melissa e Rafaela estão andando de
mãos dadas no parque, às pessoas na rua olhavam para o casal com certa
curiosidade, outras pessoas sorriam como forma de aprovação, já outras não. Mas
elas não ligavam se aprovavam ou não.
- Quero te levar a um lugar. – diz
Rafaela.
- Então me leve. – diz Melissa
Rafaela leva Melissa até a roda
gigante, quando Melissa se senta no banco da roda prestes a rodar, Rafaela fala
algo no ouvido do balconista. Ele sorri.
As duas estão sentadas e abraçadas na
roda gigante, quando elas chegam no topo mais alto da roda, ela para. Melissa
fica um pouco com medo. Rafaela olha nos olhos da namorada. E ao cair da noite
na ultima tarde tranqüila, Rafaela ergue de suas mãos uma pequena caixinha
preta.
Melissa sabia o que era, estava
suando frio, estava nervosa, imaginava o que estaria por vir.
- Melissa Borba, tu gostaria de se
casar comigo? – diz Rafaela, abrindo a caixinha preta, revelando um lindo anel
com um diamante pequeno.
Melissa fica paralisada por um
momento, não sabia o que responder, tudo parecia coisa de filme. Mas, sem
hesitar, ela responde:
- Até que a morte nos separe.
Rafaela enfia o anel delicadamente no
dedo de Melissa. Elas se beijam, o sol estava dando seu ultimo adeus. A roda
gigante volta a andar. Melissa estava realizando seu maior sonho. A única coisa
que conseguia pensar era “nunca mais sozinha, sem solidão”.
Foi quando tudo parecia normal quando
escutam uma criança gritando.
Melissa procura da onde vem o
barulho.
- O que é isso? – pergunta Rafaela,
apontando para uma criança que tinha sido mordido no pescoço por uma mulher.
Um montinho de pessoas estava em
volta da criança, ela se debatia no chão, três homens seguravam a mulher louca
que mordeu a criança.
- Alguém tem que levar ele para o
medico, não fiquem ai fazendo nada! – diz Melissa, que vai até o corpo da
criança, ela esta perdendo sangue de mais.
- Era a minha mãe. – diz a criança
por fim.
- Não fiquem olhando, chamem uma
ambulância! – grita Melissa.
- Agüenta firme, a ajuda vai vir. –
diz Rafaela, para a criança.
A mulher que estava sendo segurada
por três homens, se debatia e tentava morder eles. Ela estava com a aparência
igual de uma louca, seus olhos profundos e sombrios intimidavam as pessoas,
seus rugidos assustavam todo mundo.
Rafaela tentava ligar para uma
ambulância, mas nada de atenderem, o que se dizia era “todas as linhas estão
ocupadas”. Melissa tentava fazer com que ele parasse de sangrar.
- Ninguém ta atendendo! – Grita
Rafaela.
Melissa fica nervosa. Ela tira a
blusa e tenta estocar o sangue. Suas mãos tremiam, o olhar fixo da criança
deixava Melissa com mais medo ainda. Sentir uma vida em suas mãos é uma grande
responsabilidade. Outros gritos são escutados. Mas Melissa ignora.
Uma policial se aproxima da criança.
- Pode deixar comigo, vou levar para
o hospital. Muito obrigado. – Diz a Policial, cujo nome descrito crachá era:
Beatriz Cardoso.
- Eu que agradeço. – diz Melissa.
Quando tudo parecia dar certo, elas
se vem no começo de um caos. Um carro quase os atinge. Beatriz puxa Melissa
antes que seja atingida. O carro bate raspando numa mulher de cabelo vermelho
tingido. Ela cai no chão, sua perna está sangrando. As pessoas no parque estão
correndo de um lado para o outro. Umas estão comendo as outras vivas. As
pessoas estão enlouquecendo e não sabem para onde fugir.
- Droga! – Diz Mariana.
Beatriz imediatamente percebe que tem
dois feridos para cuidar ao ver a carne exposta de Mariana.
- Fique aqui com o garoto. – diz
Beatriz.
- Ta. – Diz Melissa pressionando o
ferimento.
- Tu consegue andar? – Pergunta
Beatriz para Mariana.
- Um pouco. – Responde ela.
- Então se segure em mim, vou te
levar para o hospital. – Diz Beatriz.
- Cuidado! – Grita Mariana para
Beatriz.
Quando Beatriz olha para trás, uma menina
com mordidas nos rosto tenta atacá-la. Beatriz a joga para trás. Mas a menina
se volta para cima dela, tentando morde-la com todas as forças de seu corpo.
- Sai de cima de mim! – Grita
Beatriz.
Rafaela atinge a menina na cabeça com
um pedaço de pau. Ela cai inconsciente no chão. Beatriz se levanta, ajudando
Mariana que esta cambaleando. Rafaela segura o menino no colo. Melissa está
ajudando Mariana a andar. Uma daquelas criaturas tenta atacar. Beatriz pega sua
arma e atinge no pé da criatura, ela continua indo atacá-las, como se o tiro
não tivesse feito efeito. Então, ela atira na cabeça. Todas elas gritam.
Estavam tanto com medo das pessoas atacando umas as outras e de Beatriz, que
teve frieza suficiente em matar uma pessoa. Elas chegam no carro de policia.
Beatriz estava cansada, não tinha
parado uma vez se quer desde o inicio do dia, seus olhos amendoados estavam com
olheiras. Sua pele negra estava suada. Seu cabelo alisado estava amarrado num
coque.
Melissa sentada no banco de
passageiro, ao lado de Beatriz. Rafaela está com o garoto sangrando no banco de
trás e Mariana está com o celular na mão.
- Alguém pode me dizer como ele se
machucou? – Pergunta Beatriz dirigindo a toda velocidade.
Elas não sabiam como responder. E as
coisas na rua iam de mal a pior, as pessoas estavam se comendo vivas, um carro
bate numa arvore. As pessoas correm desesperadas e outras correm por fome.
- Ele foi mordido. – Diz Rafaela.
- Droga, ele vai morrer. – Diz
Beatriz.
- Como assim? – Pergunta Melissa.
- Vou ser clara. Bem clara. – Beatriz
começa dizer. – Desde manhã, recebemos um chamado que uma doença está correndo
à solta. Lugares estão em quarentena se não perceberam. Essa doença, pelo que
explicaram, atinge o cérebro da pessoa, deixando ela com raiva e fazendo ela atacar
outras pessoas, é pior que a doença da raiva. Achávamos que se passava pelo ar.
Mas é a mordida e todos que foram mordidos, tem que ser levados para os
hospitais. Não acho que é o melhor lugar. Mas só recebo ordens.
- Ta, mas não tem cura? Nem nada? – Diz
Rafaela.
- Vou ser clara de novo. Não tem
cura. Existe cura para aquilo? – Diz Beatriz apontando para uma mulher que está
andando sem o braço direito, como se não sentisse dor.
Um infectado bate no carro. Mariana
solta um grito. Mas o infectado não tem chance. O carro se afasta rápido,
alguns infectados tentam atacar o carro.
- E vocês tem direito de matar essas
pessoas? – Pergunta Mariana.
- Sim, recebemos ordens. Isso quer
dizer que a situação não é boa. – Responde Beatriz.
- É seguro ficar no hospital com
essas pessoas? – Diz Mariana.
- Não sei. – Responde Beatriz.
- Então esse menino vai se
transformar numa daquelas coisas? – Pergunta Rafaela, que está fazendo carinho
nos cabelos cacheados da criança que está inconsciente.
- Sim, se ele se transformar, eu
tenho que matar ele, mas se chegar a tempo no hospital, ele vai ficar em
quarentena, com os especialistas. Como está tua perna, hein de cabelo vermelho.
– Diz Beatriz.
- Sangrando e doendo. Acho que vou
levar uns pontos.
- Ele parou de respirar. Ele morreu,
mas tipo. Como? – Diz Rafaela, chorando.
Beatriz para o carro no meio do caos.
Ela se vira, pega a sua arma, aponta para a cabeça da criança.
- Se afasta guria. – Diz ela para
Rafaela.
Antes que qualquer uma pudesse fazer
qualquer coisa, Beatriz da um tiro na cabeça do menino. Seu cérebro se
esparrama pelo carro todo. Ela volta a dirigir.
- Eu quero sair daqui. Tu é louca! –
Diz Melissa, chorando.
- Quer sair, pode sair. Mas tu vai
morrer. – diz Beatriz para Melissa.
- Amor, ela sabe o que está fazendo.
– Diz Rafaela, que joga o corpo da criança na rua. – Ela é a policial, ela sabe
o que melhor, ele era um garotinho, mas não tem mais o que se fazer.
- Já que não preciso mais levar ele
para o hospital, vamos para um lugar mais seguro. – diz Beatriz.
- E a minha perna, ela está com carne
à mostra. – Diz Mariana.
- Vou levar vocês três para o centro
de refugiados, longe dessa epidemia. – Diz Beatriz.
- Eu tenho que buscar minha filha e
meu marido. – Diz Mariana.
- Tu não vai, vou te levar para lá.
Eu te prometo que vou buscar eles.
O celular de Mariana toca. Mariana
atende.
- Miguel? – pergunta ela
- As coisas estão fora do controle,
estou com a Camila, ela foi mordida por uma coisa estranha na rua, não sei o
que fazer.- Diz Miguel no outro lado da linha.
- Miguel, vai para a casa com a
Camila. Uma policial vai ir buscar vocês e levar para um lugar seguro.
Ela desliga o celular, conseguiu
manter a calma e parecer que estavam bem, tentou não falar da mordida de
Camila. Ela sabia no que ia acontecer, mas não podia deixar a filha. Ela pega o
celular e manda uma mensagem para Miguel.
“Não
conte para a policial que a Camila foi mordida, esconda o machucado, diz que
ela caiu de bicicleta. ISSO É SERIO”
- Tu não se importa de buscar minha
família depois? – Diz Mariana para Beatriz.
- Sim, só me da o endereço. – diz Beatriz.
Massa Massa Massa Massa! Sem Palavras
ResponderExcluirMuito legal... O mais legal é que quase todo mundo se conhece, aehaejoiqajidajfd
ResponderExcluirA Mariana conhece a Melissa e a Rafaela
o Miguel conhece a Rafaela, naquela hora que ela vende o urso
A Melissa conhece a Gina, irmã da Ana, pq ela cortou o cabelo dela
A Melissa conhece a Bruna também, irmã da Ana, pq estava junto com a Gina
Poise né. Quem sabe não tem algum mistério por trás disso tudo?
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